quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Se estamos a ter bons resultados, é porque alguma coisa deve estar a funcionar.


Tudo indica que as coisas não estão a correr tão mal quanto a oposição e os milhões de derrotistas e pessimistas nos querem fazer querer.

Em 2014 o PIB português cresceu 0,9%.
Por uma vez que o PIB português cresceu - interrompendo três anos seguidos de recessão económica  – vêm logo os jornalistas, socialistas e outros “istas”, dizer que crescimento fica abaixo das estimativas do Governo, que apontava um crescimento de 1%!

ISTO É PURA MÁ-FÉ! Os analistas e as instituições nacionais e internacionais apontavam para um intervalo de variação do PIB entre 0,8% e 1%.
Já sem falar que a OCDE em Maio de 2013 previa que 2014 fosse mais um ano de desilusão, com a economia a estagnar nos 0,2%...
Os portugueses, que já levam com tanta austeridade e passam tantas dificuldades sem praticamente se queixarem, não deviam ter que levar com mais esta demagogia e derrotismo.

Será que os portugueses não têm direito a um pouco de folga nas suas inquietações e alegrar-se com o que o de positivo vai acontecendo para ir ganhando ânimo e ímpeto para seguir em frente?
Estamos tão dependentes dos outros países, que é muito difícil prever como vão correr os próximos anos, mas sem otimismo, empreendedores e população em geral não avançam.

Os principais motores das economias são o otimismo e a confiança, daí estarem periodicamente a serem divulgados os Indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico da Indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços. Não só nacionais, mas também internacionais, já que dependemos da procura dos outros países para crescermos.
Ainda agora, a propósito do Turismo em Portugal que em 2014 bateu recordes, o Secretário de Estado Adolfo Mesquita Nunes associa a recuperação à melhoria da confiança dos portugueses na economia e às estratégias dos empresários.
Conclusão: confiança gera estratégias que beneficiam a economia.

No último programa “Governo Sombra”, João Miguel Tavares dizia que não se deveria dizer sistematicamente mal de tudo.
Devia-se apontar o que correu mal, o que correu menos bem, mas também o que correu bem.

Vivo da economia real, e estes valores positivos ainda não se refletiram na minha atividade, mas como todos os que querem avançar e não podem parar, tomo uma dose de otimismo de manhã e vou trabalhar. E não parar, mesmo quando está tudo mal à nossa volta, representa momentos de angústia na solidão da decisão.
Assim, estas vitórias nacionais e estrangeiras são cruciais para decidirmos se vamos investir numa feira no estrangeiro, se abrimos uma filial ou se contratamos mais um colaborador.

Um empreendedor que esteja constantemente a ver as notícias e a ouvir a oposição ao governo, ficará no mínimo desanimado e com menos apetência para o risco.
Um estudo feito em 2012 por Sean Dagan Wood à imprensa britânica, revelou que os artigos positivos só representam 16% das notícias. Isto é francamente desanimador.
Quanto aos políticos que nos massacram com discursos derrotistas, populistas e demagogos têm falta de respeito pelos portugueses, são injustos e intelectualmente desonestos. 

O ministro da economia, Pires de Lima, como gestor que é, sabe bem distinguir as empresas da política.

Ele pediu “para que não se confunda política com o trabalho das empresas.” E diz mais: “ O Governo não exporta. O nosso papel é facilitar a vida às empresas, é abrir mercados, é ajudar as empresas a afirmarem-se."

Elogia também “o enorme esforço de empresários, gestores e trabalhadores”, “capaz de operar este feito que está a mudar a economia portuguesa” e critica os que desvalorizam estes resultados. “Desvalorizar este crescimento não é desvalorizar o trabalho do Governo, é desvalorizar o trabalho das empresas.”

 

“Tenho alguma dificuldade em perceber porque não aceitamos, de uma vez por todas, que, se estamos a ter bons resultados, é porque alguma coisa deve estar a funcionar". Palavras de João Cotrim Figueiredo presidente do Turismo de Portugal, com as quais estou totalmente de acordo.

 

Assim, como tudo o que está mal é amplamente divulgado e como sabemos que a Dívida Pública não tem parado de aumentar, (segundo a edição de janeiro 2015 do IGCP, representa 217.126 milhões de Euros), aqui ficam alguns dados que me parecem bem mais encorajadores para que a economia cresça e a dívida pública se vá pagando.

Começando por 2014:

- 2014 foi o melhor ano de sempre a nível de exportações com um crescimento próximo dos 3%. As exportações cresceram pelo terceiro ano consecutivo.

- 2014 foi o ano recorde do turismo em Portugal. O saldo da balança turística no país deverá atingir 7.000 milhões de Euros, o que representa cerca de 4% do PIB.
Os estabelecimentos hoteleiros tiveram um crescimento de 11% em relação a 2013, tendo os proveitos dos hotéis crescido a um ritmo superior ao das dormidas.

- 2014 foi o ano em que o desemprego baixou para 13,9%.

- A 17 de maio de 2014, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar. (O programa de ajustamento solicitado por Portugal à 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor durante cerca de três anos.)

2015:
A) Factos:

- Portugal vai reembolsar antecipadamente os empréstimos do FMI. (Portugal recebeu um total de 26,5 mil milhões de euros do FMI)
“O reembolso antecipado irá resultar em poupanças líquidas de pagamentos de juros na ordem dos 500 milhões de euros e terá um impacto positivo na sustentabilidade da dívida portuguesa.” É o próprio vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro, Valdis Dombrovskis, que o afirma.

- Portugal tem conseguido emitir dívida com taxas historicamente baixas: Títulos a 10 anos com uma taxa de 2,5% (o juro cobrada pelo FMI é de 3,5%) e ainda hoje 3 e 11 meses a taxas de juro de 0,061% e 0,138%.

- Todas as Instituições portuguesas e estrangeiras preveem que a economia portuguesa vai crescer mais do que em 2014 e que o desemprego vai descer ao longo do ano.

B) Previsões para 2015 (As previsões valem o que valem, mas não nos tirem a alegria de acreditar nelas):
- Segundo o Guia Laboral 2015 da Hays, o mercado das contratações vai animar a economia nacional em 2015, com destaque para a indústria, TI e turismo e Lazer.
Também o retalho e grande distribuição, contabilidade e finanças, e farmacêuticas estão a recuperar e o marketing e vendas ganham impulso.

- Em 2015 espera-se que a retoma da economia prossiga e, consequentemente, seja um ano mais desafogado para os agregados familiares. De acordo com as previsões do Banco de Portugal e do Governo, a economia nacional deverá crescer 1,5% no próximo ano, sustentado pelo aumento das exportações e também na produtividade das empresas.
- O banco holandês ING confia que apesar de “a retoma ser ainda muito frágil”, a atividade económica em Portugal deverá ser mais robusta ao longo deste ano. O que ajudará o governo a baixar o défice orçamental para “cerca de 3% do PIB” e a dívida “pode descer para perto, mas ainda acima, de 120% do PIB”.
O que me preocupa em 2015:
- O ano 2015 trouxe novas variáveis políticas e económicas que podem interferir com o nosso desenvolvimento a nível internacional.
A única solução é fazermos um esforço adicional para sermos ainda mais inovadores na abordagem aos mercados.

- As Legislativas. Que o próximo partido a ganhar as eleições não desperdice o enorme esforço que os portugueses fizeram.
Espero que quem vota em Portugal, veja bem no que deu o “conto de fadas” grego, para que não se repita à custa dos portugueses.